O Poeta

Minh’alma é leve como o fogo
Que a consome de prazer,
Que vejo a chama, o brio, a luz,
A glória irmã do amanhecer,
E que ao parnaso me conduz.

Minh’alma é brava como o fogo,
Que lumina e que destrói
O mundo hostil que se lhe opõe,
Impõe a pó quem se constrói
Contrário a mim, meu brio se impõe.

Minh’alma é fraca como o fogo.
Sopro forte basta, um vento,
E a chama d’ouro, a glória passa,
Vai-se o brio num só momento,
Luz desfaz-se em vã fumaça.

1 comentario:

  1. e as cinzas da tua alma
    nutrem o solo do teu ventre
    uma fagulha só é preciso
    e o fogo volta a arder

    =)

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